10/01/2008

Sexo no novo milénio

Definitivamente hoje não estou inspirada. Mas não queria deixar de partilhar um fait-divers.
A lógica feminina e as fantasias. Assuntos tão interessantes e dados a opiniões, portanto, desde logo se percebeu que é algo que vale a pena falar. Nos anos 90, assistimos a uma autêntica revolução sexual, quando, através de uma simples série de TV, deixámos que toda a gente espreitasse para dentro do Universo das Mulheres. Se alguma vez se perguntou do que falavam as Mulheres quando iam juntas à casa-de-banho, a resposta, encontrava naqueles 25 minutos de conversas honestas, desbragadas por vezes, mas como todas as Mulheres sabem, de importância superior. E falava-se de tudo: do sexo oral, à nova tendência da moda, passando pelo cancro, corações despedaçados e por aí fora. Mas os anos 90 acabaram e a sociedade mudou. Portanto, a TV também tinha que mudar.
Os Estados Unidos podem estar atrasados em muita coisa, mas no entretenimento não têm rival. E enquanto a nossa televisão continua a insistir e folhetins com enredos que têm o grau de interesse do livro de instruções de um micro-ondas (talvez menos até), as grandes cadeias americanas regressam ao Maravilhoso Mundo das Mulheres com duas séries que prometem fazer justiça ao legado do «Sexo e a Cidade».
Tentarei arranjar fotos, mas hoje não, porque a tecnologia resolveu boicotar os meus posts.
«Cashmere Mafia» e «Lipstick Jungle». As duas séries passam-se em Nova Iorque. Na primeira temos 4 Mulheres de carreira, na segunda são apenas três - mas também dedicadas à profissão. Na «Mafia» entra a Lucy Liu, na «Jungle» a Brooke Shields. Consta que um dos canais nacionais já comprou a «Lipstick Jungle» (baseada no livro «Saltos Altos» da Candace Bushnell, autora do «Sexo e a Cidade»), mas como é habitual, deve transmitir os episódios lá para as 5 da manhã, porque é a essa hora que convém discutir coisas tão insignificantes como orgasmos múltiplos ou ejaculações precoces. Bom, a coisa vai longa e pouco interessante, mas para acabar, só queria dizer que gostaria muito de ver uma série deste género feita cá, com problemas e Mulheres portuguesas. Já me disseram que o mercado não estava para aí virado. Resta-nos a blogosfera :)

25 comentários:

Cereja disse...

As coisas mudam cara amiga Dita. As coisas mudam. E também cá vão mudar. É preciso é ter paciência. Que é coisa que nós temos pouca (cá está).
E persistência, pois claro!

PavlovDoorman disse...

A Menina Dita está a ver a ficção nacional a abordar estes assuntos com alguma seriedade?

Ponto fulcral na nossa ficção toda a gente trata os outros por você, seja de classe Alta, Média-Alta, Média, Média-Baixa, ou Baixa, todos são uns Bernardos e uns Martim's da vida. Acho que para esse assunto era preciso haver coragem de fazer diálogos coerentes e não estou a ver duas mulheres na casa de banho a conversar do estilo (exemplo aleatório):

Alexandra Lencastre - "Mas você acha que eu me atirei a ele por causa do colar que me deu?"

Fernanda Serrano - "Com certeza querida. Seria isso que eu faria ao meu Bernardo. Mas o imbecil não tem sensibilidade para pensar nessas coisas. Limita-se a esperar pelo fellatio como se de um golo do Belém se tratasse (ia mencionar outro clube mas não quero ferir susceptibilidades nesta noite triste)"

A.L. - "E a querida o que ganha com isso?"

F.S. - "Olhe tenho um pequeno almoço continental todos os dias, e ele é apenas mecânico, é um queriduxo..."


Sinceramente não concebo no rumo que a nossa ficção tem uma série com esse gabarito.

Mandarina disse...

ora viva, Dita!
desinspirada?...ok!
também concordo com a girl...acho que essas séries têm mais hipótese de serem transmitidas a uma hora decente no nosso cantinho, do que nos EUA...por uma única razão:é que por lá, a psicologia é muito bem aplicada!!...por cá, a maior parte das pessoas formadas em psicologia, estão ocupadas em "call centres" das operadoras telefónicas...

Mandarina disse...

uiii...estou a ficar seriamente pasmada com o Doutor!!!
a cada comentário revela uma nova faceta deveras interessante...

Cereja disse...

Oh pá, quero ir dormir e vocês não me deixam!
(estou a fumar o meu último cigarro, por isso a seguir tem que ser de vez).

Mas de facto este comentário do Pav é brilhante.

Grandes diálogos.
Dita acho que o podes convidar para uma parceria!
Parece que o rapaz é capaz de estar à altura do desafio.

Há que ter esperança PAV.
Como é óbvio o trabalho tinha que ser feito por uma produtora diferente (e sei exactamente qual seria) e as actrizes... essas duas estão fora de questão...

Francis disse...

cum caneco pá...nem sei o que dizer.

PavlovDoorman disse...

Menina Play e que tal tentar usar da receita que aconselhei ao Caro Francis? Olhe que deixava de fumar em dois tempos.

A Menina vai dando dicas de estar ligada a esse Mundo, será?

Menina Mary está a ver como a paciência resulta?
A paciência que eu tive para lhe explicar como a este espaço cheguei está pelos vistos a dar resultado na medida em que parecem suportar (ia dizer gostar mas não quero ser demasiado presunçoso) o que lhes tenho para dizer.

Cereja disse...

Quais dicas? Não vi nada?

Ligações a esse mundo??!! Pode-se estar atenta a esse mundo sem a ele ter ligações. É público.

Mandarina disse...

ahahahahah...
lá está você a fazer confusões...
pois claro...já é entradote, é natural...
já devia ter percebido que eu, Mary, sou dona de uma enorme dose de paciência para conseguir aquilo que quero!
quer seja discutir, falar, discordar, alvitrar, analisar, etc, etc...
e "seriamente pasmada", ou "deveras interessante" não significa que goste, ou sequer suporte o que vem para aqui dizer...simplesmente que tem potencial para no futuro saber quais são os castigos que lhe assentam melhor!!!
só isso!

Mandarina disse...

..peço imensa desculpa, francis...
não lhe dei a atenção merecida!
mas também, se não sabe o que dizer, não sou eu que lhe vou ensinar...

PavlovDoorman disse...

As ligações que assumo são mais ligadas ao que li nas Fundações...

Entradote?
Entradote?
Ainda habitamos a mesma dezena...

Castigos por incapacidade de suportar?
Tenho as costas largas suporto muita coisa.

Francis disse...

não pedi nada.

ψ Psimento ψ disse...

Essa doeu-me muito Mary Quant! Loool mas quem sabe daqui por uns tempinhos não estarei eu a dizer "PT comunicações Boa Noite em que lhe posso ser util?"

Pois, continuamos os pobres portuguesitos que não saem da cepa torta! e o mais provável é a série dar as tantas como acontece agora com "o sexo e a cidade"
Adoro a Samantha XD

Mandarina disse...

não se zangue, francis que já percebi que é boa gente!
sabe, eu tenho este lado de serapilheira...mas não é por mal!
pra si não é, ok?

quanto ao Doutor...
não sei se habitamos a mesma dezena...tenho a impressão que você até está na imediatamente abaixo da nossa, mas a personagem que aqui traz já viveu muito, ou não?
e nunca tome como garantido que aguenta o que quer que seja vindo de pessoas cujos atributos desconhece por completo!
é só uma sugestão...
veja lá não se vire o bico ao prego, e passe a ser você o objecto de estudo de um novo reflexo...por exemplo o "reflexo acondicionado"!!!...
ahahah...

Francis disse...

mary quant,

obrigado. i'm cool.

Mandarina disse...

doeu psi?
vá lá não haver garfos para utilizar nos nicks, senão já tinhamos um candidato! acertei?...
quem lhe manda a si tirar o curso de psicologia?
não tinha alguém que lhe desse uma valente bofetada quando decidiu ingressar nesse curso?!...
azar!
agora não chora!
aguenta!

PavlovDoorman disse...

Então ainda me fala em entradote?
Agora estou como que um canídeo à espera da sineta a ver se reajo a algo...

Quanto à personagem de que fala, ela não existe, é apenas reflexo do "rapaz" que está a teclar, mas com cara de busto e apelido meio famoso...

Eu apenas me acondiciono ao diálogo com que me deparo.
Aos atributos de terceiros respondo com os meus, e tenho confiança para o fazer (don't try to bluff with a bluffer, eheh)...

PavlovDoorman disse...

Menina Mary não sei porquê mas essas suas ultimas palavras para com o psi (azar! agora não chora! aguenta!) despertam em mim a memória do nome de um blog que não cheguei a tempo de frequentar...

Mandarina disse...

ahahah...
bem...há coisas que têm se ser ditas...mesmo que enfraqueçam ou firam alguém, mas de uma coisa não há dúvida...
o Doutor faz-me rir!
e faz-me rir por várias razões que, pelo adiantado da hora, já me custam a enumerar...mas vou tentar ser breve...
em primeiro lugar, não pode haver bluff, quando não há intenções.(ponto.)
em segundo, não se acondicione muito porque, e já expliquei isto ao francis, parte de mim é serapilheira...ora, não queremos que se arranhe, certo?
terceiro e último...um (permita-me a mudança)quadrúpede à espera da sineta, tem sido uma constante da sua parte...mas também, porque há realmente um objecto que emite um som estridente, constatemente em riste na sua direcção...
leia com calma e não interprete mal o que não é para interpretar...
...estou cheia de sono...
uma boa noite pra si, Doutor!:)

PavlovDoorman disse...

Menina Mary só respondo a um dos pontos que enumerou para contrapôr que a serapilheira não me assusta, aliás quando no Ciclo fiz uma bela obra nesse material, mas tão bem feitinha que nunca mais a vi pois foi imperativo deixar a obra para exposição numa escola que já deixou de funcionar...

O bluff de que falo é do bico e do prego, nada mais que isso.

Boa noite Menina Mary

P.S. e sim fazer rir, sem dar uma de palhaço é um dos atributos que confio e aprecio ter.

P.S. II aqui não há um objecto, ou por outra pode ser um objecto mas são três as almas que o desferem, e isso não dá tempo para muito mais.

Mandarina disse...

Bravo...aplausos...de pé!
é impressionante como o Doutor nunca baixa a guarda...e como gosta de descalçar a bota com o outro pé!...
isso, nos dias que correm, é admirável!!...

Dita, desculpa estarmos a utilizar o espaço de comentários de um post escrito por ti, muito pertinente por sinal, como uma secção de luta livre!!!...
é que já vamos no 259º round, mas ainda não estou cansada;)...

PavlovDoorman disse...

Realmente é um vício que tenho de descalçar a bota com o outro pé, mesmo contrariando a minha mãe, que ai e tal dás cabo do calçado... Não consigo evitar.

E como um amante do Movimento Olímpico prefiro a luta greco-romana senão se importa, é um desporto mais nobre que aquele que referiu...

Mandarina disse...

...o Doutor pode preferir o que quiser, mas tem de convir, que a modalidade livre é assim...como é que hei-de dizer...mais libertadora, não?!...

PavlovDoorman disse...

Olhe que não.
A clássica greco-romana tem muita liberdade, e se o seu problema é a infracção de regras esteja descansada que desde que o juíz não as veja....

Kit disse...

Estejam à vontade, estejam à vontade.