cenas de supermercado

ir ao supermercado é, na maior parte das vezes, uma experiência que bem se pode inserir no âmbito da sociologia ou mesmo da psicologia, embora nesta última ciência caiba tudo aquilo que o ser humano faz, desde que se levanta até que se deita.
este assunto já foi, inclusivamente discutido por uma das miúdas, (a que não faz parte deste blog) que adorava espreitar para dentro dos carrinhos e dos cestinhos para, consoante os produtos que estivessem lá dentro, traçar o perfil de quem o carregava...
isto tudo para partilhar convosco um episódio que tive a oportunidade de assistir, ontem à noite num supermercado.

depois de ter tudo o que queria no meu cesto, (agora são cestos-carro...têm rodinhas)
dei uma rápida vista de olhos pelas caixas para perceber aquela que me ia fazer perder menos tempo.
isto é o único parâmetro para a escolha de uma caixa...agora, se estiver um gajo bem giro numa fila um pouco maior...eh...tem dias que não me importo de demorar mais uns minutinhos.
foi o que se passou ontem.
gajo giro, sozinho à minha frente, a colocar as compras em cima do tapete...tudo se encaixava num jantar romântico...presunto pata-negra...2 garrafas de vinho do bom...camarões-tigre congelados...arroz basmati...profiteroles...queijo brie...ups...o queijo brie não está a passar na maquineta que lê o código de barras...fica de lado.
quando já não restava compra nenhuma em cima do tapete, a senhora da caixa disse ao rapaz: "vou só chamar uma colega para me dar o código deste queijo."
ao que o rapaz responde: "mas vai demorar muito?"
e a senhora: "não sei. vou chamar..."
rapaz: "mas quanto tempo é que isso vai demorar??..."
a senhora: "pode demorar 2 minutos, mas também pode demorar mais. quer esperar?!?..."

eu olho para o rapaz e penso: "...hmm...esse queijo deve ser o preferido da gaja que tu queres levar para a cama...se esperares, queres mesmo, mesmo essa gaja, se não...é só mais uma para o census..."

fiquei à espera da alegação final...