Corrupção

Ontem fui ao cinema.
A ideia era ir ver o American Gangster, mas.... grrrrrrrrr... só havia bilhetes para as duas primeiras filas e eu não estou para me dar a esses desconfortos.
Já que tinhamos saído de casa decidimos escolher outro filme.
Eu gosto de apoiar o que se faz em Portugal e costumo ir ver filmes portugueses. Decidimos então ir ver o Corrupção. Até porque é daquelas histórias que, e já que não li o livro, tinha curiosidade em conhecer (é mesmo bisbilhotice). Já ia mais ou menos preparada para a merda (e é essa mesmo a palavra) que aí vinha.
Muito mau!
A Carolina é elevada à figura de Santa. Coitadinha, só estava no bar de alterne pelos filhos. E só dormia duas horas por noite porque de dia trabalhava num supermercado. Coitadinha. Tudo pelos filhos. Coitadinha. Paga para mandar bater em gajos, mas depois não consegue dormir porque tem a consciência pesada. Coitadinha. Apaixonou-se pelo homem errado que a fez fazer aquelas coisas. Coitadinha. Homem esse que lhe deu vida de rainha enquanto não a escorraçou. Coitadinha. Homem à custa de quem enrriqueceu e se tornou conhecida. Coitdinha. Mas foi muito honesta porque denunciou tudo à polícia. Coitadinha. Mesmo pondo a sua vida em risco. Coitadinha. É uma santa!
A Vila Nova umas vezes fala com sotaque do Porto outras não tem qualquer sotaque. Ainda pensei que era quando se fazia de parvinha (quando vestia o papel de prostituta). Mas depois percebi que não tinha qualquer ligação. Umas vezes falava com, outras sem. Enfim...
A única conclusão a que se chega no filme é que vivemos num país onde o futebol é só corrupção. Mas para isso não precisava de ter ido ver um filme.
Que bosta!